Neste semestre, o Centro de Defesa de Direitos Humanos de Guarulhos vai intensificar o atendimento a refugiados e migrantes.

O GRU360.com ouviu Orlando Fantazzini, diretor jurídico do Centro de Defesa de Direitos Humanos de Guarulhos e um dos fundadores da entidade, sobre as perspectivas de apoio aos refugiados e migrantes neste segundo semestre de 2017.
Está sendo concluída a obra de reforma, ampliação e instalação do CDDH em sua sede na rua José Paulo Bazzani, no Macedo. Serão disponibilizadas vagas temporárias para até 16 refugiados/as ou imigrantes em situações limite, até que estabilizem sua vida com o apoio do voluntariado que atua neste Centro. A GRUAirport financia as obras e equipamentos como parte de sua obrigação de destinar percentual para ações sociais. 
Guarulhos recebe, por via aérea ou terrestre, refugiados/as e imigrantes do Oriente Médio, especialmente sírios e palestinos; de países das Américas, especialmente bolivianos, paraguaios, peruanos, colombianos, haitianos; e da África, especialmente de países de língua portuguesa e da Nigéria. 
O CDDH Guarulhos tem uma trajetória de relações com o ACNUR, Alto Comissariado da ONU para Refugiados, e com Brasília, e já reassentou várias famílias em Guarulhos e outras cidades do estado de São Paulo. 
Este Centro de Direitos Humanos tem uma longa tradição. Começou em 1981 na Igreja Católica da Vila Fátima, e, em 1984, passou a ser uma entidade com o apoio da Diocese, com abrangência em toda a cidade de Guarulhos. Já defendeu todo tipo de injustiçados e perseguidos. Já teve Casa Abrigo para meninas e meninos de rua. Agora dedica-se prioritariamente à solidariedade com aquelas pessoas que, desenraizadas de seus países por perseguição política, religiosa, étnica, ou por pobreza, buscam deitar raízes no Brasil. Diz Orlando Fantazzini, ‘como tantos imigrantes que ao longo dos quinhentos anos de história vieram da África forçados, ou que vieram livremente da Europa, da Ásia, e das Américas em busca de uma nova vida’.